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segunda-feira, setembro 11, 2006

Sabedoria de Formiga

Quem disse que as formigas não são sábias?

Se olharmos bem de perto, existe uma panóplia de semelhanças entre a formiga e o ser humano.

Tal como nós, constituem formas avançadas de sociedade, curiosamente denominadas Eusocialidades. Poder-se-ia brincar e chamar-lhes as Sociedades do Eu, mas desengane-se quem ousar tomar a formiga por egocêntrica.

Resistindo desde há 100 milhões de anos a toda a sorte de provas, as formigas são o verdadeiro exemplo de que interdependência é sinónimo de força e longevidade. Desde a simples obreira, à defensora e culminando com a rainha-mãe, todas são importantes e contribuem para o equilíbrio e sobrevivência do formigueiro. É um pequeno universo, para o qual se pode olhar como se supõe que o Criador olhe para nós: com curiosidade e um pequeno "Ah!" de admiração.

No mundo da formiga, ser independente é tão arriscado quanto ser dependente. A formiga independente que procura comida sozinha, está sujeita a perder-se do trilho. A formiga dependente, que se limita a seguir o rasto das suas companheiras, nunca sabe ao certo para onde se dirige. Qualquer um dos extremos se assemelha a uma corda que a formiga atravessa em frágil equilíbrio.

E por vezes é fácil caminhar por limbos sem se ter a noção. Mas a vida encarrega-se de dar as suas bofetadas para que a formiga levante as antenas. E é preciso humildade de formiga para saber reconhecer na bofetada uma lição.

Por vezes, sinto-me como uma formiga no início de um caminho que parece interminável face ao tamanho dos meus passos. Um passito aqui, outro acolá, vou avançando. Quando olho para trás, parece que caminhei uma imensidão. Mas ao olhar em frente, baixo subtilmente as antenas para que o ego não as levante tanto que acabe por bater numa árvore.

A bagagem que trago é leve. Ouvi dizer que um pouco de atenção, tolerância, perdão e humildade seriam suficientes para chegar ao outro lado. Mas parece-me que coloquei de menos e de vez em quando preciso de parar para reabastecer...

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