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domingo, setembro 28, 2008

No Coração

Viver centrado no coração é um exercício que abre caminhos, resolve bloqueios e desenlaça um percurso à nossa frente que não precisa de ser controlado. É um percurso que se descobre a cada passo, tendo a confiança no peito de que se está no lugar certo, na hora certa.

É ter sonhos; sonhos que não são criados pela mente mas que existem já em algum recôndito do nosso coração. Como se a essência desses sonhos tivesse já nascido connosco. São os sonhos da concretização de quem somos. São os caminhos que, ao serem percorridos, fazem brotar uma luz que nos abre o peito e faz sorrir os lábios, os olhos, as mãos.

É uma arte que, como qualquer arte, faz olhar o mundo de uma determinada perspectiva. A perspectiva do coração é aquela que torna certo todo o acontecimento, torna compreensível e próxima toda a pessoa, torna bela e aprazível esta passagem.

A Vida É Uma Obra de Arte

Viver é construir uma Obra de Arte.

Ajuda ter sensibilidade, ser-se criativo, permitir-se mudar de rumo e de ideias ao longo do caminho, sempre no sentido de aperfeiçoar a obra.

Ajuda conhecer-se, saber-se quem se é, o que se quer, do que se gosta e necessita.

Ajuda entregar-se, sonhar, arriscar, largar... tornar-se a própria obra-prima personificada.

Criar uma obra de arte é algo momentâneo, que se alimenta das sensações e ideais de um momento. É algo que existe no Agora e que retrata a perfeita expressão de quem se é neste segundo. E por isto, as obras de arte nascem, crescem e aperfeiçoam-se, consoante as mudanças e os estados de espírito do criador.

Porque um Homem não é igual entre o hoje e o amanhã, também uma obra de arte só estará concluída... no final. Ninguém poderá adivinhar o resultado deste processo de criação, nem o próprio criador. É, contudo, algo que está nas suas mãos e que depende exclusivamente de si.

A flexibilidade é uma ferramenta que ajuda a esculpir esta obra com maior primor e encanto: aceitar-se a eterna mudança interna e externa e deixar-se embalar pelas ondas, qual barco em deleite no mar, numa tarde de sol.

Nascer Outra Vez

Existem tantos motivos e oportunidades para se tentar um renascimento.

Passados alguns dias sobre a comemoração de mais um aniversário, penso sobre os renascimentos que faço no dia-a-dia: o começar a manhã com uma determinada disposição, cumprir compromissos, surpreender-me e aprender algo de novo... Mesmo os dias mais dinâmicos adquirem uma certa rotina quando se desleixa o hábito de renascer vezes sem conta.

Renascer é preciso - para que a Vida não páre. Mudar, aprimorar-se, redefinir-se. Assumir que mudar pode ser divertido e que nascer novamente nas mais pequenas coisas pode ser um prazer. São os renascimentos que nos proporcionam as mais ricas experiências e que, com elas, nos tornamos seres cada vez mais maduros, completos, preenchidos.

E se, em cada dia, o meu objectivo for renascer? E se o meu mundo for pautado pelo prazer das novas experiências, da abertura para o inesperado, da alegria por viver cada novo momento?... Isso é... Liberdade. Libertar-se, ser livre, voar até onde os mais elevados sonhos se balançam.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Homens Que Não São Ilhas

A Felicidade torna-se real quando é partilhada.

Um Homem sozinho no Mundo, poder-se-ia dizer Feliz? Até quando? Mesmo Feliz, cedo ou tarde iria sentir a necessidade do contacto, da comunicação.

Comunicar, partilhar - são aspectos da nossa essência, do mais profundo de quem somos. Nascemos para estar conectados e não para viver isolados. É uns com os outros que mais aprendemos e uns dos outros que precisamos.

Um Homem sozinho poderá atingir a sua meta... Mas o caminho será bem mais triste e tortuoso. Quando entenderão os Homens que não nasceram para serem ilhas e que, no ruído surdo do mundo moderno, comunicar não significa unicamente falar? Significa escutar, estar presente, dar de si algo em troca.

Ser Feliz ganha uma nova dimensão quando a partilha se torna uma consequência natural dessa Felicidade; quando permanecer Feliz parece só ser possível a partir do momento em que, mais do que querer guardar-se a Felicidade só para si, se opta por a transbordar e semear em cada canteiro do caminho.

Limites

Os limites sempre serviram, ao longo do tempo, para demarcar território; para mostrar até onde se pode ir; para afirmar, no fundo, quem se é.
Se, por vezes, possam ser entendidos como algo rude, sem eles deixaria de se preservar uma essência, uma vontade, uma individualidade. E o que é único, tornar-se-ia vulgar.

Defeito humano, talvez, este de tendencialmente desvalorizar o que se considera vulgarizado.

Acredito que quem sabe onde estão os seus limites, melhor saberá respeitar e entender os limites dos outros. É preciso saber do que se gosta e do que não se gosta. Essa ideia de "gostar de tudo" é, para mim, uma forma de evitar tomar uma posição acerca de algo. Há que se saber dizer perante o Mundo: "Eu sou assim!" e assumir os seus defeitos, virtudes e manias. Porque este é o primeiro passo para se saber e se aceitar quem se é. E só quando se atinge este ponto, se está então preparado para ir mais além.

É aqui que o verdadeiro trabalho começa. Se é verdade que somos únicos, é também verdade que todos somos feitos do mesmo, e esta partilha da matéria que nos compõe une-nos, faz de nós elementos da teia de um Todo.

Viver com plenitude passa, quanto a mim, por saber viver a Individualidade e o Todo; ambas as experiências se complementam. E são os limites bem definidos que melhor funcionam como ponto de partida para esta viagem de descoberta e recriação constante de quem se é, onde se está e para onde se vai.

O Sentido de Amar

Eu pergunto: Importa quem ou o que se Ama? Ou importará mais estar-se no processo de Amar?

Deixar-se envolver por aquela alegria de criança, inocente, que nada teme, de nada desconfia, que se entrega como se não existisse amanhã. Amar, sem controlo; deixar-se invadir o peito e brilhar o olhar, iluminar os sonhos, acender as esperanças, calar o burburinho do Mundo em volta e fazer soar a mais sublime das melodias.

Acredito que não existem desafios impossíveis quando se Ama de corpo e alma. Poucos e raros serão os casais que se encontram, adaptam e encaixam em perfeita paz e sintonia. Para a grande maioria, a vida a dois implica cedência, muita paciência e perdão, disponibilidade e por vezes (algum) sofrimento.

Mesmo estas relações cumprem um objectivo: o de retirar o Homem para fora do seu ovo, da sua casca e fazê-lo dar-se, crescer, expandir, descobrir dentro de si um universo imenso que se torna tanto mais rico quanto mais se partilha.

Quem isto percebe, sabe que o Amar tem tantos sentidos quantas as pessoas que experienciam o Amor. E ainda assim, para mim, o grande sentido de Amar é o de justificar o facto de se estar aqui, de se ter sido um dos "escolhidos" para esta experiência maravilhosa que é a Vida.