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sexta-feira, março 12, 2010

Caminhar... Caminho... Caminhantes

É comum ouvir-se falar da importância de "estar no caminho", "percorrer o seu caminho", "saber qual é o seu caminho"... Mas que "caminho" é este? Existe só um, que é o "certo"? Quem o definiu? E podemos alterar ou influenciar a trajectória deste caminho? Ou existem momentos que estão "marcados" no nosso percurso e pelos quais, invariavelmente, teremos de passar?

Se há coisa que é certa na vida, é a mudança. A cada 7 anos, todo o nosso organismo se encontra completamente regenerado a nível celular, e portanto, a cada 7 anos somos literalmente uma pessoa diferente. E a par da mudança física, acontece frequentemente a mudança de valores, sentimentos, ideais, projectos.

Então se tudo em nós está em constante crescimento, como é que se pode falar de "um caminho" ou de um percurso que já está definido à partida? "O caminho faz-se ao caminhar", dizem os peregrinos de Santiago de Compostela. E esta verdade, embora nos possa encher de incertezas, também nos preenche de possibilidades.

O caminho transforma-se à medida que nós nos transformamos. Enquanto permanecermos apegados, rígidos, dependentes, o caminho não muda favoravelmente; antes estagna e bloqueia. A sensação de segurança, de que tudo está sob controlo, pode ser confortável mas não passa de um engano profundo. É uma máscara que colocamos para nos impedirmos de ver a verdade.

O medo da mudança nada mais é do que o medo do desconhecido, de não saber se iremos "sobreviver" ao que aí vem, de ficar sozinho. Mas a realidade é a de que estamos sempre "sozinhos", ninguém pode percorrer este "caminho" por nós. E no nosso interior existe algo, uma essência, que é imortal, que nada perde e nada ganha, apenas experiencia e descobre.

Se formos capazes de "enxergar os 50 metros que estão à nossa frente" com atenção, seremos capazes de ir até ao "fim do mundo". Permitir-se mudar de trajecto, ser verdadeiro consigo mesmo, é o maior aliado de uma caminhada gratificante e feliz. É preciso ter a coragem de reconhecer o que já não serve ao nosso crescimento e de ousar seguir por um caminho diferente, sempre que necessário.