quarta-feira, julho 14, 2010
O Pássaro
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Um Relacionamento de Amor
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Meditação
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Dentro de Mim
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sábado, julho 03, 2010
Ao Teu Lado
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sexta-feira, julho 02, 2010
Essência
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sexta-feira, junho 25, 2010
Rendição
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quinta-feira, junho 17, 2010
Origem
Nesse lugar, encontro uma origem, uma recordação de uma parte de mim algures esquecida, mas não apagada. Entendo que as origens da alma vão muito além deste plano e que desconhecem regras ou limites humanos. Por vezes parecendo difusas, fantásticas ou mesmo irreais, estas origens encontram forma de chegar à luz do dia, da consciência.
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terça-feira, junho 01, 2010
Amarei em Liberdade
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sexta-feira, março 12, 2010
Caminhar... Caminho... Caminhantes
É comum ouvir-se falar da importância de "estar no caminho", "percorrer o seu caminho", "saber qual é o seu caminho"... Mas que "caminho" é este? Existe só um, que é o "certo"? Quem o definiu? E podemos alterar ou influenciar a trajectória deste caminho? Ou existem momentos que estão "marcados" no nosso percurso e pelos quais, invariavelmente, teremos de passar?
Se há coisa que é certa na vida, é a mudança. A cada 7 anos, todo o nosso organismo se encontra completamente regenerado a nível celular, e portanto, a cada 7 anos somos literalmente uma pessoa diferente. E a par da mudança física, acontece frequentemente a mudança de valores, sentimentos, ideais, projectos.
Então se tudo em nós está em constante crescimento, como é que se pode falar de "um caminho" ou de um percurso que já está definido à partida? "O caminho faz-se ao caminhar", dizem os peregrinos de Santiago de Compostela. E esta verdade, embora nos possa encher de incertezas, também nos preenche de possibilidades.
O caminho transforma-se à medida que nós nos transformamos. Enquanto permanecermos apegados, rígidos, dependentes, o caminho não muda favoravelmente; antes estagna e bloqueia. A sensação de segurança, de que tudo está sob controlo, pode ser confortável mas não passa de um engano profundo. É uma máscara que colocamos para nos impedirmos de ver a verdade.
O medo da mudança nada mais é do que o medo do desconhecido, de não saber se iremos "sobreviver" ao que aí vem, de ficar sozinho. Mas a realidade é a de que estamos sempre "sozinhos", ninguém pode percorrer este "caminho" por nós. E no nosso interior existe algo, uma essência, que é imortal, que nada perde e nada ganha, apenas experiencia e descobre.
Se formos capazes de "enxergar os 50 metros que estão à nossa frente" com atenção, seremos capazes de ir até ao "fim do mundo". Permitir-se mudar de trajecto, ser verdadeiro consigo mesmo, é o maior aliado de uma caminhada gratificante e feliz. É preciso ter a coragem de reconhecer o que já não serve ao nosso crescimento e de ousar seguir por um caminho diferente, sempre que necessário.
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sexta-feira, fevereiro 26, 2010
Ser Anjo na Vida de Alguém
Anjos. Há quem acredite neles, há quem considere que são apenas uma fantasia da mente humana, imperfeita e desesperada por encontrar "respostas" que preencham as suas lacunas existenciais.
Sem qualquer pretensão, considero que todos somos Anjos na vida de alguém, muitas vezes sem nos apercebermos. Tal como alguém que entra na nossa vida no momento certo, que nos acompanha por um determinado período e que depois de cumprida a sua tarefa, segue caminho.
Às vezes, estes Anjos que cruzam o nosso percurso não possuem a menor noção de quem são e do papel que desempenham. Às vezes, estão mais perdidos ou adormecidos do que nós próprios. E ainda assim, conseguem cumprir na perfeição a sua tarefa: mostrar-nos em que medida somos fiéis ao nosso coração, às nossas palavras, aos nossos princípios.
Um encontro com um destes Anjos pode ser tão profundo e comovente, quanto natural e despercebido. Podemos até só nos dar conta do quanto eles foram decisivos, quando já não estão "ao nosso lado". Ainda assim, a marca deste encontro pode durar meses, anos... ou uma vida inteira. Há um "antes" e um "depois". Há, sobretudo, uma noção de que se foi "abanado" pelo universo, como se uma "mensagem-expresso" nos tivesse atingido na testa.
E enquanto estes Anjos passam pela nossa vida, passamos nós em simultâneo pela vida deles ou de outros "alguéns". Numa maravilhosa, complexa e perfeita sincronia, encontramo-nos assim no "lugar certo" e rodeados de "pessoas certas", ou Anjos.
Serve isto para dizer que qualquer pessoa que cruza o nosso caminho pode ser um Anjo "disfarçado", com uma experiência de despertar para nos oferecer, caso estejamos atentos e receptivos. E quando, sem nos apegarmos, conseguimos entender e agradecer por esta dádiva... a Vida encontra o seu próprio sentido.
Sê um Anjo na vida de alguém, permitindo-te escutar, reconhecer aquilo que te é pedido, e estar presente, Amar, doar... Para que todos os Anjos que alguma vez passaram pela tua vida, te possam ter sido de algum valor, te possam ter ensinado a ser... como eles.
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quarta-feira, novembro 25, 2009
A Vida Não Usa Borrachas
A vida não usa borrachas nem escreve a lápis, com linha fácil de apagar.
Não há lugar para emendar, voltar atrás, retirar o que se fez, retocar aqui e ali. Há lugar, sim, para ser criativo, improvisar, começar de novo a partir do ponto em que se está, aproveitar as linhas já escritas e dar-lhes um novo contorno.
Fazemos escolhas e frequentemente pensamos se estas escolhas foram as correctas. "E se" tivesse sido de outra forma? Como seria hoje o "desenho" da minha vida? Mas não há tempo para fantasias, não há lugar para deambulações da imaginação. Enquanto isso, a vida corre debaixo do nosso nariz, continuamente fluindo, como um rio, que nos leva sabe-se lá para onde, de encontro a sabe-se lá o quê.
E se permanecemos agarrados aos ramos das árvores que ficam em terra, gastamos energia num apego que nos mantém reféns de um passado que não nos leva a lado algum, senão ao mesmo. Se aceitamos largar-nos e mergulhar nas águas por vezes calmas, por vezes turbulentas da vida, corremos o risco de arranhar a perna, apanhar um resfriado, ir de encontro a um pedregulho... mas caso contrário não chegaríamos a uma nova paisagem, não encontraríamos um novo lugar para existir.
A vida não usa borrachas, porque não há palavras que se apaguem, gestos que se esqueçam, sentimentos que se lavem de uma alma que regista ponto por ponto do nosso percurso. É por isto que cada momento é tão sagrado, tão único e ao mesmo tempo tão cheio de possibilidades. Porque independentemente do que passou, a alma permanece e, num renascimento eterno, ganha forças para recriar uma nova aventura.
A vida não usa borrachas, e talvez esse seja o maior presente que nos pode dar a vida. De outra maneira, que importância daríamos a este momento, a esta pessoa que está ao lado, a este riso ou a esta lágrima, se tudo fosse tão facilmente apagado como uma marca na areia, pelo vento?
As borrachas são os artifícios da mente, tentativas de fugir à responsabilidade de cada acto que é nosso. Porque tudo o que se escreve é eterno. E se o homem conseguisse viver com esse cuidado, essa atenção que vem do amor e da vontade de nada ferir e de tudo fazer pelo melhor, haveriam lá guerras ou fomes, enganos ou manipulações.
A vida não usa borrachas, e um dia os escritos da vida regressam para nos abençoar ou atormentar. E nesse momento, há uma lucidez que impregna o cérebro e o coração: "E se eu escrevesse algo de diferente, desta vez?".
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sexta-feira, agosto 28, 2009
Saber Estar Só
A solidão raramente é fácil de viver. Ela implica o confronto com os nossos fantasmas e com a nossa dor. E esse contacto, poucas são as pessoas que o desejam fazer, porque ninguém gosta de “sofrer”.
Mas aquilo que se procura ignorar, aquilo a que se resiste, é algo que persiste e que se instala no fundo do nosso ser, para assombrar as alegrias que possam surgir mais tarde no nosso caminho. Se existe um momento de “dor” na nossa vida, uma mágoa que nos persegue e acompanha quando estamos sozinhos, então o meu conselho é só um... Parar, escutar e olhar de frente para esse medo, essa dor. É preciso ser totalmente honesto consigo mesmo, não se enganar.
As pessoas passam pela nossa vida com um propósito e reflectem, invariavelmente, as nossas “luzes” (aquilo que possuímos de melhor) e as nossas “sombras” (as partes reprimidas que não queremos que existam, em nós).
Quando uma pessoa aparece na nossa vida e nos deixa com uma sensação de vazio e de indefinição, quando a pessoa é ausente, distante, quando essa pessoa tem receio de assumir os seus próprios sentimentos, então podemos muito bem perguntar-nos...
... quem é que, na nossa infância, nos “abandonou” emocionalmente?
... quem é que nos tratou, ao longo da vida, com distância, indiferença ou crítica?
... quem é que nos fez sentir que não merecíamos ser amados por inteiro, que não éramos suficientemente bons para receber esse amor?
Geralmente, terá sido um dos progenitores... Então, parte da cura para os nossos relacionamentos actuais passa por curar, dentro de nós, a relação com esse progenitor. E isso implica dizer abertamente o que se tem a dizer, libertarmo-nos emocionalmente do passado, aceitarmos que as pessoas que nos magoaram desempenharam um papel na nossa vida – o papel de nos tornarem “independentes”, de nos fazerem descobrir que possuímos dentro de nós a força para enfrentar os desafios.
Essas pessoas não nos magoaram conscientemente, muitas das vezes; frequentemente, apenas nos queriam “ensinar” de acordo com o que elas próprias viveram e aprenderam. Elas fizeram connosco o melhor que sabiam, de acordo com a experiência que tiveram.
Quando permanecemos presos a uma parte do nosso passado, precisamos de dizer aquilo que ficou por dizer, finalizar o que está pendente. Se existe vontade de chorar, que se chore, que se deite tudo para fora. E depois, que se tome um bom banho, que se faça uma refeição leve e saborosa e que se vá caminhar, passear ou simplesmente cuidar de si mesmo (ler um bom livro, ver uma boa comédia, estar com um amigo ou amiga de quem se goste).
Um dia de cada vez. “Tudo passa”, já diziam os budistas. A vida é uma constante impermanência. Só a nossa essência permanece.
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domingo, agosto 23, 2009
Quem Cria o Destino
Sou humana.
Significa isto que tenho falhas e defeitos, sonhos e anseios, erros e vitórias como qualquer outro ser humano. Significa também que, desde que nasci, me ensinam que há coisas que dependem de mim e que, acerca de outras, nada poderei fazer.
Cresci a pensar: "De onde surgiu o universo? Quem decide o que acontece a seguir? Quem está por detrás da Vida?". E, entre a maioria dos seres humanos, a busca por uma resposta a esta questão parece nascer com o primeiro sopro, como se fosse algo que nos estivesse no sangue - uma espécie de "defeito" (ou benção) de fabrico.
Em todas as histórias, em todos os dramas e desafios, existe uma única "batalha", comum a todos os que vivem - evitar o sofrimento e assegurar que o próprio destino individual seja "feliz". Mas este sofrimento só existe porque existe também uma parte de nós que quer "controlar" e "possuir". E então, novamente a pergunta da minha infância retorna: "Quem cria o destino?".
Numa época em que tanto se fala de transformação interior e quando terapeutas de diversas áreas proliferam como "cogumelos", busco clareza para esta percepção. Porque se o meu destino depende de "mim", então poderei acreditar de todo naquilo que me dizem ou predizem?
Respiro fundo e penso. Penso em quem quero depositar o "poder" de determinar a minha vida. As mensagens exteriores são como "marcas na estrada", que ajudam a perceber por onde segue o caminho que percorro. Mas esse caminho é percorrido, passo a passo, por mim... Então, em última análise, quem cria o meu destino sou eu. Não são os astrólogos, tarólogos, terapeutas, médicos.
Existe em cada um de nós um "chamado de despertar" que, quando reconhecido e abraçado, nos faz recordar que Aquilo que criou o Universo, está também em mim e em ti.
O caminho que percorro é-me único. Posso mudar o seu rumo neste preciso momento, com uma atitude, uma decisão, uma tomada de consciência. O "destino" pode ser alterado. Não se trata de "brincar a Ser Deus" nem de desrespeitar uma "vontade maior". Trata-se de entender que as possibilidades são infinitas e que existe uma parte divina em nós que possui a liberdade de optar e de criar uma realidade alternativa.
Que todos os destinos sejam alterados por Amor. Porque na rendição do Amor, todas as opções se tornam "acertadas".
Publicada por Susana Belo à(s) domingo, agosto 23, 2009 2 comentários
quarta-feira, agosto 19, 2009
Acredito no Amor
Acredito no Amor.
Não apenas numa visão romantizada do Amor, numa visão idealizada. Acredito que, no fundo de cada pessoa, existe a mesma vontade. A de estar ao lado de alguém com quem se sente uma sintonia e uma vibração ímpar, com quem se estabelece uma confiança e uma cumplicidade, com quem se partilha uma vida.
A vida mostra-nos que quanto mais nos tentamos apegar a algo ou a alguém, mais rapidamente nos colocamos em posição de o "perder". Estas perdas representam oportunidades ou lições - oportunidades de recordar que aquilo que nos define não é "o que" ou "quem" possuímos, mas antes a atitude que temos para com esses bens ou pessoas; a lição de que nada controlamos e de que o Amor é, sempre foi e sempre será... livre.
Por muitos ou poucos que sejam os anos vividos, há uma aprendizagem que é básica para toda a vida e que, quanto mais cedo se a faz, mais adequadas são as nossas acções e respostas em cada momento:
O Amor não oprime.
O Amor respeita. O Amor tolera. O Amor confia.
O Amor acredita que nada mais existe para além... do Amor.
O Amor entende que o Amor é tudo - tudo o que é realmente preciso. E que a partir do Amor, tudo se constrói, mesmo que se trate da construção de um grandioso castelo.
O que não é imediato e implica uma atenção especial da nossa parte é que esta construção requer paciência, investimento, "tempo", vontade, persistência, fé. Tudo o que vale a pena de ser vivido, vale o esforço investido. E quando é o Amor que move esse investimento, não há dúvidas, não há hesitações. Há uma confiança "cega" de que tudo o que se investe "vale a pena" e que o objectivo maior "é possível". Pois só uma confiança total suporta um crescimento como aquele nos propõe o Amor.
Não existem pessoas perfeitas. Existem, sim, pessoas unidas por um mesmo propósito, que remam numa mesma direcção, e que, contra ventos e marés, se fortalecem. E quando um dos remos parece perder força, outro o puxa e incita a remar ainda mais forte. Esta é a parceria do Amor.
E se existe dúvida possível... Que aqui fique registado:
O Amor vale a pena.
Publicada por Susana Belo à(s) quarta-feira, agosto 19, 2009 3 comentários
quarta-feira, agosto 05, 2009
Escolhas da Alma
A partir do momento em que existe uma decisão, uma profunda intenção da tua alma, existe um caminho à tua frente. Um caminho do qual não te queres "desviar". Existe uma rota traçada por curvas desconhecidas, com uma meta que o teu coração reconhece.
E no momento em que esta decisão é tomada, o tempo pára. Nada mais parece existir a não ser o teu ser e a meta, que internamente já se encontra alcançada. É assim que todos os vencedores podem alguma vez atingir um "fim" - porque visualizaram, sentiram, entenderam que a distância entre si mesmos e a meta é... irreal. A vontade mais forte não conhece barreiras.
Então começa a jornada, e com ela surgem os testes e as tentações ou distracções, as formas de facilitismo ou de comodismo, as sensações falsas de segurança. E aqui começa a verdadeira prova. O mais difícil não é decidir, optar por um caminho. É manter-se fiel a ele, com total consciência e total impermeabilidade às próprias formas de auto-sabotagem. Surgem os medos e as inseguranças - todos eles artifícios da mente, de uma parte que não é capaz de largar o controlo e de reconhecer que nada depende de si, a não ser a firme intenção de "estar no caminho".
É aqui que a alma humana é colocada em "xeque". É aqui que caem aqueles que vivem pelo medo. É aqui que falham os fracos de espírito. Porque o amor é para os fortes. É para os que se largam e entregam e nada temem, porque nada têm a não ser a fé... a fé de que um plano superior se encontra em acção, a confiança de que "tudo o que acontece, acontece pelo melhor", seja isso o que for.
Neste ponto, tudo acontece. Tudo o que é possível de existir para te distrair do teu caminho, do teu propósito, manifesta-se a partir desta decisão. E esta é uma grande benção. Pois se não existisse este desafio, não poderias saber que a tua escolha provém da alma e não do ego.
A escolha da alma é aquela que já existe marcada no teu coração, como se tivesse mesmo nascido contigo, muito antes de este "momento" ter chegado, muito antes de a tua "vida" ter acontecido, muito antes de a tua memória ter despertado para aquilo que sempre foi e sempre será... o amor.
O amor é para os fortes. É para os puros. É para os vazios de ilusões.
E neste vazio existe espaço para uma única intenção, uma única determinação. A determinação pura de sempre estar no melhor lugar do universo para servir... o amor.
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quinta-feira, julho 16, 2009
Sábios e Gurus
Esta é a história de Phi e de Ely, um buscador e um sábio.
Um belo dia, ao acordar pela manhã, Phi sentiu-se vazio e sem rumo, como se não existisse um caminho claro e definido a trilhar. Phi sabia que esta não era a primeira vez que se sentia assim. Sabia, também, que mais cedo ou mais tarde, esta sensação de estar "perdido" passaria e que outras sensações mais "fortes" captariam a sua atenção (como um belo prato de comida, conversar com os outros sobre os assuntos do dia, atolar-se de tarefas e objectivos profissionais...). De uma forma ou de outra, Phi esquecia o vazio e continuava a deambular, dia após dia, sem uma direcção consistente, rumo a um qualquer destino. Até que...
Na vida de Phi surgiu uma pessoa muito sábia, um guru. Ely era uma pessoa experiente, vivida, com muitas histórias para contar e uma visão muito clara para partilhar. Muitas pessoas encontravam em Ely um "porto de abrigo", uma fonte de amparo e de paz. Ely ajudava-as a recordar que "tudo estava bem" e que para tudo existia uma "solução". A grande diferença entre Phi e Ely era que Phi continuava a procurar algo que Ely já havia encontrado, dentro de si.
Phi, tal como muitos outros, determinara para si mesmo que Ely era "perfeito" e que um ser "iluminado" jamais poderia errar. Mas por muita sabedoria e experiência que tivesse acumulado, uma parte de Ely ainda vivia neste planeta, na forma humana. O que significava que, também ele, poderia passar por momentos de inconsciência e de parcialidade. E um dia, assim foi...
Ely tomou uma atitude defensiva e egóica, esqueceu-se por momentos da "verdade" (de que somos todos um, de que nada nos pertence... absolutamente nada) e Phi sentiu-se desiludido. Neste momento, Phi despertou da ilusão, da expectativa e da crença que tinha gerado, como que numa tentativa de assegurar que, pelo menos, alguém fora de si se sentia "seguro" e cheio de respostas.
Quantos de nós vivemos a reboque de ditos gurus e sábios? Quantos de nós colocamos a nossa intuição e percepção interior em segundo plano, para aceitar de uma forma incontestável algo que nos é dito por outra pessoa? Quando essa pessoa é tão humana quanto nós mesmos, e por isso, igualmente "falível".
Não existem pessoas perfeitas, nem "gurus perfeitos". Não existe maior sabedoria sobre a nossa própria vida do que aquela que carregamos dentro de nós. Não existe maior guia para o nosso caminho do que a sensação de conforto ou de desconforto que sentimos no peito, quando precisamos de tomar uma decisão.
Em momentos de "neblina interna", um farol externo pode ser um bom auxílio para ajudar a trazer luz sobre as nossas histórias pessoais. Mas ainda assim... aceitar viver deslumbrado por esse farol, mais do que pela própria luz interior, é apagar uma chama interna que precisa de viver bem acesa dentro de nós, para que toda esta caminhada tenha sentido.
Os sábios e gurus são apenas um reflexo da sabedoria que existe, também, em quem os vê. Que cada um possa ser o seu maior sábio e a sua maior orientação, para um caminho que é só seu!
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terça-feira, julho 07, 2009
O Resgate
Para todos nós, existem momentos na vida em que o amor é a constante, e outros em que tudo se vira do avesso e as mudanças chegam, por vezes de forma inesperada. Seja como for, acredito que é importante manter-se consciente de que "tudo o que vai, volta" e de que "tudo o que vem, vai".
A máxima conhecida de Lavoisier "Nada se perde, tudo se transforma", é uma excelente guia para os momentos de incerteza e de surpresa. Se nada verdadeiramente nos pertence, se nem este corpo físico é efectivamente uma propriedade nossa, mas sim um veículo "emprestado" à nossa alma, para que esta cumpra um propósito ou missão, então nada do que existe exteriormente a nós pode ser considerado como um ganho, uma certeza ou uma conquista.
A maior e única conquista é interna. É a conquista de se "saber eterno". É a vitória de se despertar e de não mais viver iludido pelas "histórias" que nos são contadas. Este momento, em que os olhos internos se abrem para uma nova visão, mais abrangente e plena de sentido, acerca de quem se é e daquilo que se está aqui a fazer, é um momento de resgate.
Só um verdadeiro resgate da consciência nos permite ver, escutar e sentir com serenidade, aceitação e entrega cada momento, cada situação, cada oportunidade de se desapegar de algo que não é seu, e que intrinsecamente, faz parte de um acordo implicitamente estabelecido entre os seres humanos: o acordo de se viver com base na crença de que se é imperfeito, incompleto ou impuro.
Acordar, aceitar ser CONSCIENTE é, desde logo, deixar de sofrer por supostas "perdas ou enganos". Porque nem estas são reais. Se algo não me pertence, como o posso "perder"? E então este resgate acontece, efectivamente, o resgate da paz interna. E da certeza absoluta de que nada no universo fica por "saldar", de que todas as acções têm uma reacção, e de que para todas as pessoas existe uma medida justa, um balanço final que sempre é "acertado".
Aqui, deixa de existir espaço para ciúmes, invejas, jogos psicológicos, manipulações, sentimentos de injustiça ou de engano. Nada disso é real... E faz sempre parte de uma escolha pessoal permanecer absorvido por essa teia ou resgatar-se, libertar-se e assumir-se por completo, quem se é.
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quarta-feira, maio 06, 2009
O Mestre Interior
O teu maior Mestre é o Mestre Interior.
Podes aprender em diferentes escolas, podes formar-te em múltiplas áreas, podes encontrar os professores mais sábios... Mas depois de tudo isso, continuará a faltar mais um curso por fazer, mais um mestre por encontrar, mais um livro por ler. E isto é positivo. Estimula, alarga horizontes. Mas não é a resposta. A resposta está dentro. O teu verdadeiro Mestre é um Mestre Interior.
Todas as experiências que tens na face da Terra são experiências de "despertar". São como "wake up calls", marcos estrategicamente colocados no teu caminho para te ajudar a abrir os olhos e a acordar. Acordar para a tua verdade interior, para a tua essência, para quem és. Tudo se resume a isto. Quem és tu?
E quem te poderá dar uma melhor resposta, senão tu mesmo? Serão os outros? Serão os livros, as teorias, as regras e as condutas que vêm de fora?... Ou antes as que vêm de dentro?
O teu Mestre está aí mesmo, no centro do teu peito, no mais íntimo de ti, desde o início, à tua espera. A paciência é uma virtude e o teu Mestre é paciente. Ele espera que tu decidas, que tu te sintas preparado para comunicar com ele. No teu processo de despertar, o teu Mestre fala contigo de muitas formas. Algumas tu escutas; outras não. De algumas tens consciência; de outras não. Até escolheres, decidires iniciar um relacionamento com o teu Mestre.
Esta é a relação mais bonita que irás desenvolver: a relação com o teu ser interior. Como em todos os relacionamentos, há um "conquistar", um "fidelizar", um "mostrar-se disponível". Como na história d' "O Príncipezinho", há um processo de envolvimento e de sintonização com o outro; neste caso, contigo próprio.
À medida que a tua relação com o teu Mestre Interior floresce, crescem as conversas internas e mágicas, crescem os insights e as inspirações, crescem as visões claras e a paz...
Este é um Amigo, um Melhor Amigo, incondicional e eterno.
Vás onde fores, faças o que fizeres, escolhas o que escolheres, ele está aí, à tua espera, à espera que aceites a sua mão estendida e caminhes com ele, lado a lado.
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quinta-feira, abril 30, 2009
Haja o Que Houver
Haja o que houver... A Vida está aqui.
Há uma imensa melodia em mim, dentro de mim, que transborda, me conforta e me diz que "estou em casa". Esta melodia canta ininterruptamente, sem princípio nem fim...
A Vida é esta melodia, esta canção que nasce no peito e embala, acaricia e aquece a Alma.
Haja o que houver, Eu estou aqui. Eu posso (re)começar neste momento e criar, de novo, tudo aquilo que está gravado no mais profundo do meu ser: todas as histórias, aventuras, alegrias e escolhas felizes.
Haja o que houver, é bom estar aqui. É incrível, surpreendente e inesperado participar desta experiência, recordar quem sou e recordar todas as partes de mim que, aparentemente, se encontram espalhadas pelo mundo e se reflectem em cada pessoa que encontro.
Haja o que houver, é óptimo recordar que a Vida não se faz só de palavras, pensamentos e reflexões, mas ainda mais de actos, gestos e emoções, de contactos e encontros, de partilhas, de risos e lágrimas, do doce e do salgado... E no caminho do meio, passo a passo, descubro o terreno que escolho trilhar, a cada instante.
Obrigada Vida, Obrigada Sopro da Consciência.
Namastê
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sexta-feira, abril 17, 2009
Vive Selvagem
Quando alguém nasce, nasce selvagem, nasce puro, nasce livre.
Vive selvagem, sê essa liberdade, sê essa força, essa garra, essa certeza de quem és. Vive o teu mais verdadeiro e autêntico ser. Assim, a vida só te poderá sorrir, só te poderá abraçar e acolher, tal como tu a acolhes: com totalidade, alegria e entrega.
Tu pertences a ti. Mais do que a um conceito, a uma relação, a um horário, a um emprego, a uma rotina, a um padrão, tu pertences a ti. Pertences à voz que fala mais alto, à voz do coração, à voz da verdade, à voz da tua verdade.
VIVE! Com todas as tuas forças, com toda a tua vontade, com toda a tua capacidade de SER...
"Vive selvagem... E para ti serás alguém, nesta viagem!"
Publicada por Susana Belo à(s) sexta-feira, abril 17, 2009 0 comentários
quinta-feira, abril 16, 2009
Procura Dentro de Ti
Tudo o que tu procuras, está dentro de ti.
Quando escolhes pensar que aquilo que procuras está fora de ti, numa pessoa, numa situação ou num conjunto de condições ideais, escolhes abdicar do teu poder e da tua verdade, do teu ser. Escolhes abdicar do Amor.
Embora até este "abdicar do Amor" seja uma ilusão, pois não podes realmente abdicar de quem és, da tua essência. Podes escolher não olhar para ela, esquecê-la, mas nem assim ela deixa de existir, de ser aquilo que é.
Nada está fora de ti. O grande amor, o grande emprego, a grande missão, a grande alegria. Tudo isso está dentro, só pode estar dentro de ti. Porque nada te falta, na verdade. Tudo o que podes fazer é Ser, com verdade e autenticidade, flexível perante a vida, aceitando a vida, aceitando aquilo que a vida traz.
As tuas escolhas são o que são: escolhas, passos, caminhos. Não são más nem são boas. São experiências. Quando se vive com medo de errar, não se escolhe, e na verdade, não se vive. E quando entendes que nada pode estar "errado", que nada te pode "ferir" ou alterar a essência do que és, tornas-te Livre.
Ser livre é saber que nenhum passo se dá em falso, que todos os passos são, na verdade, uma brincadeira. Uma brincadeira da tua alma. E neste jogo, todos os participantes são importantes, todas as jogadas são importantes. O jogo só é completo com tudo aquilo que o compõe e que o torna "real".
A realidade é que tu nunca partes e nunca chegas a lugar algum. Estás sempre aqui. És sempre aquilo que és. As pessoas passam, as situações passam, e na verdade, nada se passa. Sempre foi assim e sempre será.
A dor só surge quando existe apego, quando se está agarrado a algo, tão agarrado que não se consegue aceitar ou perceber o fluxo da vida, perceber que nada é nosso, que nada é eterno e que nada irá corresponder com exactidão à fantasia de uma expectativa.
É um desgaste tremendo de energia procurar forçar algo a acontecer, procurar que algo corresponda a uma expectativa que se criou. Isso é o mesmo que não aceitar, não entregar, não abrir mão de controlar. Viver é libertar-se de tudo isso. É ser feliz, agora, com tudo o que existe na própria vida. É agradecer por tudo o que vem, até pelas lágrimas. Muitas vezes, depois das maiores lágrimas, surgem as maiores bençãos.
Para viver a Vida de forma completa, precisas de encontrar primeiro essa totalidade em ti. Precisas, primeiro, de te sentires completo, de te saberes completo. Porque é isso que tu és.
Tu e eu somos Um. Somos todos Um. Lembras-te?
Publicada por Susana Belo à(s) quinta-feira, abril 16, 2009 4 comentários
terça-feira, abril 07, 2009
Dream
"This life is just a dream.
It'll be over in a blink of an eye.
Remember who you are.
Remember what you are.
Whose life is this?
Whose hands are these?
Whose voice is this?
What am I?
This life is beautiful.
This life is warrable.
This life is wonderful.
And this life is just a dream.
A dream made of love.
Remember who you are.
Remember what you are.
Remember, you are before.
Before this questions.
Before the answer.
Remember, you are before.
Before everything."
Omkara - "Remember" (From the Silence)
Publicada por Susana Belo à(s) terça-feira, abril 07, 2009 3 comentários
segunda-feira, abril 06, 2009
Como Melhor Servir
"Como posso melhor servir?" é uma pergunta útil de se colocar ao universo para que, no conjunto de idéias, desejos, sonhos e inspirações, exista uma ordem, uma estrutura, uma orientação.
Quando nos colocamos ao serviço, entregamos o nosso ser, colocamo-lo à disposição de algo maior do que ele mesmo, de um plano inteligente e divino que a mente humana, por si só, não tem a capacidade de captar.
Colocar-se ao serviço é amar, ser livre. É ser livre do ego, das ilusões, das superficialidades. É estar profundamente conectado com o mais íntimo de si e, em simultâneo, com tudo e todos os que o rodeiam.
Estar ao serviço é entender e aceitar que o propósito de aqui se estar já está cumprido, neste momento. O único propósito é SER. E nesse SER, abrir-se para a conexão com o outro. E na conexão com o outro, colocar-se ao seu serviço. Porque todo o bem que se faz ao próximo, faz-se a si próprio.
Servir, com o coração, é largar todas as prisões, todos os apegos, todas as desculpas e tratar os outros, literalmente, como gostamos de ser tratados ou ainda melhor. Se todos no mundo tratassem o próximo como gostam de ser tratados, em paz e amor, deixariam de existir guerras, disputas, competição, ganância, desonestidade, mentiras.
Tu podes mudar o mundo, se "varreres a porta da tua casa". Se limpares as tuas ilusões e te alinhares, em primeiro lugar. Se todos "varrerem a porta da sua casa", um mundo novo, literalmente, tomará o lugar de uma realidade que já não está em sintonia com as aspirações da nossa alma colectiva.
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quinta-feira, abril 02, 2009
O Abraço
Ser Amor...
Ser Amor é abraçar o mundo, a vida, o meu vizinho, o meu menor amigo, o meu maior amigo, a minha família, a mim próprio, com a consciência profunda de que o amor é tudo o que existe. E nesta paz e alegria, largar as restrições, as defesas, as ideologias, e ser a totalidade de quem sou, livre.
"Somos a Unidade do Ser na sua Dança pela Existência.
Somos sempre Um, em Verdade e Amor."
Mooji
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terça-feira, março 31, 2009
O Universo Conspira a Teu Favor
O Universo conspira para a tua felicidade.
Cada pessoa e evento da tua vida foram criados propositadamente para te colocar em estado de graça, amor e abundância. Alguns de forma directa, outros de forma indirecta. Mas todos a teu favor, sempre.
Os sucessos e insucessos nada mais são do que feedback que o Universo te dá face às tuas escolhas e ao propósito de seres feliz. Quando estás triste, desanimado, irritado, perdido... é um sinal claro de que não estás "no caminho" e o Universo comunica-te isso com tanta mais força, quanto mais estiveres desviado teu plano original.
O plano original foi traçado pela tua alma, muito antes de chegares aqui. Para salvaguardar a integridade da experiência e do teu livre-arbítrio, oportunamente te esqueceste desse momento de compromisso, em que delineaste cada passo e cada curva possível do caminho, assim como cada resposta/orientação a receber, para te colocar de novo em linha com o teu plano de vida.
Não precisas de te recordar da totalidade do plano, mas simplesmente de prestar atenção aos sinais que o teu próprio corpo emite e aos sinais que te chegam do "exterior". Lembra-te de quem és. Redescobre quem és. E coloca-te no caminho, no teu caminho, sabendo que precisas apenas de ver um passo de cada vez para caminhar a mais longa das jornadas.
Confia que tudo o que existe na tua vida, existe para o teu bem-maior. Escolhe as experiências que estão em ressonância com a essência de quem és. E entrega-te ao embalo seguro de toda uma equipa de personagens e situações que existem para te reconectar com o teu sonho mais elevado, com a tua maior alegria. Porque tu assim o mereces.
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sexta-feira, março 27, 2009
Entrega
Hoje, entrega.
Entrega o Passado, entrega o Presente e entrega o Futuro.
Entrega e vive em Paz, sem medo. Sabe que és sempre suprido e amparado pela Mão Divina. Escolhe estar Aqui e Agora, de corpo e alma inteiros. Vive a tua Missão, com totalidade e intensidade.
Neste lugar da Paz, onde tudo acontece, tudo é possível, tudo é real.
A intenção liberta-te. A intenção de um mundo novo cria esse mundo novo.
Atreve-te a sonhar e a viver os teus sonhos mais elevados. Permite-te ser livre no espírito, para voar até aos mais altos lugares. Entrega-te nesta viagem de reencontro com a alma.
E sorri por estares em Paz. E por saberes que a Paz é a mais poderosa afirmação do teu espírito para com o universo. É o reconhecimento de que tudo ocupa o seu lugar certo nesta gigantesca rede. É o feedback que o universo pede para te continuar a suprir abundantemente com tudo aquilo de que o teu ser "necessita".
Agradece. Sê grato pela Vida. Entende que muitos dariam tudo por esta experiência e poucos chegaram até aqui. Estar vivo é uma benção. Sente isso com todas as tuas células, deixa que esta consciência te transforme e, inevitavelmente, altere tudo à tua volta. Porque esse poder existe em ti. E nada mais é do que uma entrega.
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terça-feira, março 24, 2009
Gaia, Mãe Terra
Querida Mãe,
Abrigo das Gerações,
Hoje é um dia sem igual.
Um dia em que mais um pouco da tua vida se perde, em que mais uma das tuas espécies se extingue, como que num adeus lento e demorado a esta casa que habitamos há demasiados séculos, milénios; tantos que aprendemos a tomar-te como certa e a esquecer que és tu quem nos possuis, e não o contrário.
Hoje é um dia sem igual.
Um dia em que o azul das tuas águas deixa de se fundir com o verde das tuas selvas e em que, mais rapidamente do que queremos crer, o castanho se torna dominante, num arrebatar impiedoso de tudo o que antes era livre e vivo.
Hoje é um dia sem igual.
Um dia em que poucos despertam e muitos permanecem atordoados e adormecidos pelo zumbido das suas cidades, das suas vidas desumanas e artificiais. Tudo porque te esqueceram, porque esqueceram o caminho de regresso a ti.
Por quanto tempo mais durará a tua abundância?
Por quanto tempo mais conseguirão os homens fingir que tudo controlam, tudo adiam e tudo evitam, no meio de conversas e debates acesos e politicamente correctos? Quando são as palavras que estão a mais e é de acções que tu mais precisas.
Hoje é um dia.
Um dia em que se faz história. Um dia em que tudo o que conhecemos, muito em breve, se transformará. Ouve os teus filhos. Ajuda-os a recuperar o que ainda resta da tua tradição, da tua sabedoria, escondida por entre as tribos da terra, por entre os povos que sempre souberam o que estava por vir.
Hoje eu lanço a prece de que todos os humanos te possam escutar, de que todos te possam sentir e, lentamente, regressar a ti, para que estejam preparados para viver todas as consequências que estão já a caminho, até à chegada do inevitável dia de saldar as dívidas que criámos para contigo.
Obrigada, querida Mãe, por existir um caminho de retorno.
Obrigada por todos aqueles que nos ajudam a despertar e a, gradualmente, por esse caminho seguir.
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segunda-feira, março 23, 2009
Om Mani Padme Hum
Compaixão.
Compaixão pela vida, compaixão pelos que fazem o seu caminho, compaixão pelos que caem, compaixão pelos que se erguem e avançam.
Compaixão pelos meus erros, compaixão pelas minhas escolhas, compaixão pelas minhas lutas, compaixão pelas vezes em que me esqueço de quem sou, compaixão pelas que me recordo e recomeço.
Compaixão é a qualidade que te permite transmutar e transcender as ilusões do ego, da parte de ti que "pensa que sabe quem é", mas que vive numa fantasia auto-gerada. Com ela, lado a lado, a vida torna-se mais fácil. É mais fácil de viver um dia de cada vez, de largar as escolhas que ficaram para trás e as metas que se encontram lá à frente.
Compaixão é o detergente da alma. Com ela se lavam as mágoas, os desentendimentos, os caminhos não percorridos. Com ela se ganham as forças para os novos passos. É um elixir da juventude, mantém o espírito leve de tudo o que é acessório e fortalece-o, tornando a caminhada mais suave.
Om Mani Padme Hum. Salvé, espírito da compaixão e do perdão incondicional.
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domingo, março 08, 2009
Perfeição
A perfeição é uma armadilha do ego. Na verdade, ela não existe, pois implica uma noção de certo e de errado, de perfeito e de imperfeito, que não é real. Existem perspectivas, pontos de vista, experiências. Existem desafios, aventuras, escolhas.
Existem fases durante a vida que dão para todas as histórias, diferentes posições que fazem sentido de se assumir à medida que também nós amadurecemos e ficamos diferentes. Porque a vida é mesmo assim, uma eterna mudança. Nada é igual de um dia para o outro. E nós também não temos de ser, e não somos, iguais.
E que alívio. Que rotina seria acordar todos os dias com as mesmas sensações, com os mesmos percursos, com as mesmas conversas, com os mesmos afazeres. A vida surpreende-nos e essa é exactamente a sua função. Essa é a sua qualidade.
Todas as tentativas de controle são infrutíferas. Nada está sob o nosso controlo. Nada. O único aspecto da vida que podemos modificar é a nossa intenção. Os acontecimentos hão-de sempre acontecer-nos na medida e no momento certos, mesmo que pensemos que somos nós que os proporcionamos. Um conjunto de factores une-se para que esse acontecimento se dê. E nós somos apenas um dos factores do conjunto.
O que está verdadeiramente ao nosso alcance é a intenção de manter a paz. Manter a paz no nosso coração é tão útil quanto derramar toneladas de borracha líquida protectora sobre o nosso corpo. Se há paz, não há medo. Se não há medo, há amor.
Só existem duas emoções fundamentais no mundo, que servem de base a todas as outras: o medo e o amor. Ou se sente uma, ou se sente a outra. É muito fácil parar e identificar o que está na base das nossas escolhas: o medo ou o amor? Se for o medo, pensar novamente: “O que faria eu se não estivesse com medo, neste momento?”. E fazê-lo. Sem mais reflexões.
O perfeccionismo é apenas medo de falhar, disfarçado de algo de positivo e bonito. Quando fazemos algo com amor e por amor, o resultado é sempre “perfeito”.
Publicada por Susana Belo à(s) domingo, março 08, 2009 1 comentários
quarta-feira, março 04, 2009
Desintoxicação
Todos nós atravessamos períodos de maior ou menor stress físico, emocional ou mental, em que automaticamente recorremos a práticas e a hábitos enraizados, que têm como objectivo preencher uma necessidade interior de paz, equilíbrio e amor, ainda que disso não nos apercebamos, e que são nocivos ao nosso organismo. Estes automatismos servem uma satisfação imediata, mas pouco persistente no tempo, e que em breve regressa em forma de uma nova necessidade com mais força. É um ciclo vicioso de intoxicação, que simplesmente te anestesia e te impede de sentir: o medo, a dor, o vazio.
PORQUE TE DESINTOXICARES?
Porque todas as formas de intoxicação representam técnicas de atraso ao nosso desenvolvimento, equilíbrio e cumprimento do plano pessoal e divino. Ao intoxicares os vários níveis do teu ser, estás a colocar nele camadas de densidade que precisarás de remover, mais cedo ou mais tarde, para poderes prosseguir o teu caminho com alegria, saúde e abundância.
Todas as doenças e “acidentes” ganham primeiro forma ao nível astral, antes de atingirem o nosso corpo físico. Se pretendes curar-te a todos os níveis e limpar a tua energia, não achas que é um contra-senso estares a poluir o que acabaste de limpar? A escolha é inteiramente tua, pois o livre-arbítrio é o teu direito por nascença, mas sê honesto contigo mesmo e avalia se realmente te tens tratado como mereces, ou se, à medida que realizas o teu trabalho interior por um lado, continuas a repetir padrões e a utilizar estratégias de atraso pelo outro.
Estas estratégias são mecanismos de defesa do ego. Tem a consciência de que existe uma parte em ti que não quer perder o controlo, entregar-se e largar tudo aquilo que conhece como certo, para arriscar numa aventura para a qual não existe um percurso rigidamente definido e para a qual “não se conhece o final”.
Tudo bem, não te martirizes. O teu ego existe e está de boa saúde. Se a sabedoria divina quis que assim fosse, por algum motivo terá sido, mas existe uma grande diferença entre conhecer e comandar o ego e em ser comandado por ele.
COMO TE DESINTOXICARES?
Ao nível FÍSICO
1) Faz exercício. As caminhadas na natureza são particularmente eficazes durante os períodos de desintoxicação.
2) Bebe muita água. Ajuda a eliminar as toxinas do corpo e promove as trocas entre as células. O teu cérebro e o teu coração também agradecem.
3) Come frutos e legumes em maior quantidade e reduz ou retira totalmente da tua alimentação por uns dias a carne e o peixe, o café e os refrigerantes.
4) Dorme bastante, recupera o sono perdido. Não penses no que ainda tens por fazer. Permite-te ter o descanso que mereces.
5) Faz jejum, por cinco dias. Gradualmente, reduz os alimentos acima referidos, durante dois dias. No terceiro dia, alimenta-te apenas de frutas e legumes, sopas e sumos nutritivos. Nos dois dias seguintes, integra gradualmente na tua alimentação os restantes sólidos.
6) Não te apresses em tratar os sintomas com medicamentos. Procura as alternativas naturais, pára e reflecte. Limpa-te de todo o ressentimento, dúvida e medo. Vais ver que começas a adoecer muito menos e que, quando isso acontece, recuperas imediatamente.
Ao nível EMOCIONAL
1) Liberta as suas emoções reprimidas. Vê um bom filme, lê um bom livro, está com quem amas, entra em contacto com a tua parte sensível. Chora, ri-te, sê espontâneo.
2) Diz o que sentes. Sê honesto e transparente com os outros acerca dos teus sentimentos e desejos. Eles até podem ser pessoas intuitivas, mas não têm sempre de adivinhar, certo?
3) Vive sem medo. O dia de hoje é uma dádiva. Arrisca-te a torná-lo um dia espectacular. Só por hoje, acredita que é possível, que os teus problemas de alguma forma se irão resolver e que tudo o que precisas chegará até ti sem esforço. Quem sabe te surpreendas...
4) Agradece pelo que tens. Olha à tua volta. Encontrarás exemplos de pessoas que são bem-sucedidas em áreas que para ti são importantes. E encontrarás também exemplos de pessoas que não têm nem metade dos teus recursos, e que provavelmente até são felizes. Seja como for, ambos os tipos de pessoas são reflexos de ti mesmo, das tuas noções de falta e de abundância. Lembra-te de agradecer pelo que tens e por estares vivo. Essa, sim, é uma dádiva sem preço.
Ao nível MENTAL
1) Deixa-te de conversa fiada. “Bla, bla, bla.” O que estás a fazer com o teu tempo?
2) Vigia os teus comentários críticos e negativos. Quando apontamos um dedo a alguém, na verdade, temos três dedos apontados para nós. A crítica é apenas uma forma de tentar controlar algo que não é controlável. Cada qual é como é. E tu também tens direito a ser assim, tal como és, sem reservas.
3) Utiliza novas expressões e cria diálogos positivos. Retira do teu vocabulário as palavras e expressões “não”, “nunca”, “não sei”, “talvez”, “se eu...”, “coitadinho”, “não há nada a fazer”, “estúpido”, e outras afins. O que tu dizes manifesta-se.
4) Só por hoje, tem esperança, e deixa que esse optimismo fique gravado nos teus pensamentos e conversas. O que tu sentes também se manifesta, por isso cultiva em ti sentimentos positivos para viveres rodeado de experiências positivas. E se em algum momento tiveres uma experiência negativa, torna-a positiva, ri-te dela, aceita-a tal como é e segue em frente. Foi só mais uma cena nesta gigante peça de teatro que é a tua vida.
5) Visualiza, imagina, sonha acordado. Isso mesmo, imagina o teu maior sonho, com todos os detalhes, não te inibas. Na privacidade do teu delírio acordado, permite-te sonhar com toda a força aquilo que mais queres neste momento, aquilo que mudarias neste preciso momento na tua vida. Sonha muitas vezes durante esta semana. E vê os resultados...
Ao nível ESPIRITUAL
1) Acredita. Em Deus, nos anjos, nos seres de luz, em Jesus, Maomé ou Buda. Não importa. Acredita no divino. Deixa que o divino se revele em ti, se manifeste e te surpreenda.
2) Perdoa, liberta, ama. A maior libertação espiritual que podes dar a ti mesmo e aos outros é o perdão incondicional. Perdoa! Já passou. Não peças mais nada. Aceita as coisas tal como são. E sê feliz por estares aqui.
Publicada por Susana Belo à(s) quarta-feira, março 04, 2009 0 comentários
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Simples
A vida não tem segredos nem truques.
Não existem técnicas milagrosas mais eficazes do que aquilo que já possuímos em nós, neste preciso momento, para atingirmos qualquer coisa que consigamos imaginar. É tão simples que a mente humana, em forma de auto-defesa, procura inevitavelmente estratégias para tentar desconfirmar esta verdade tão poderosa e universal.
É simples sonhar uma vida ideal, onde nos sentimos da melhor forma possível a cada instante e onde todos à nossa volta parecem desempenhar um papel perfeito no nosso "pequeno grande teatro". Então porque não fazê-lo? E ao aceitar entrar nesta aventura, só nossa, na privacidade do nosso espaço interior, abrimos uma porta, senão mesmo um portal, para que essa inocente "imaginação" se arrisque a muito bem nos cair no colo.
Quando deixamos de ter algo a perder (e não é necessário perdermos o que quer que seja para vivermos com desapego, entrega e confiança), o quadro muda imediatamente. A mudança interna é subtil, a mudança externa é... tudo aquilo que quisermos que seja .
É como se optássemos por colocar um sinal de "stop" nas situações e experiências que já não fazem sentido para nós. E ficássemos bem com isso. Podemos sempre concentrar-nos num determinado aspecto da nossa experiência: seja a sensação de felicidade, de abundância, de alegria, de bem estar para com a vida, de reunião com seres que nos são queridos, de gratidão para com esta maravilhosa passagem, de aventura... E a experiência é e será sempre o que esperarmos dela, mesmo que essa "expectativa" esteja no inconsciente.
Por isso... fica em paz, sê feliz, ri-te alto e sorri com todos os dentes. Porque vale a pena e, acima de tudo, porque tu mereces. Já aqui estás, de toda a forma, não é verdade?
Publicada por Susana Belo à(s) sexta-feira, fevereiro 27, 2009 0 comentários
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Integridade
Ser íntegro é ser honesto. Em primeiro lugar, consigo próprio. É saber reconhecer o que funciona e não funciona para si. É conhecer o seu sonho. É entender a sua missão. E é pôr em prática todos os passos ao seu alcance para a viver.
É ajudar-se neste processo, respeitando os próprios limites. É ajudar os outros, dizendo sempre a verdade, a sua verdade, para que o conheçam tal como é, sem medo da rejeição ou necessidade de agradar.
É ser feliz por ser como se é. É entender que se é como se é porque se tem uma tarefa importante a desempenhar, que não pode ser desempenhada por mais ninguém da mesma forma, e para a qual se foi preparado por todas as situações, grandes ou pequenas, da sua vida.
É encontrar um sentido em cada em dia, em cada hora, em cada gesto, palavra e sentimento. É apreciar a paisagem exterior e interior e viver em consonância com o próprio ideal. É ter esperança, a esperança de que o seu sonho é atingível, realizável, possível. E isso bastar para animar o sopro da sua vida.
Viver em integridade é deixar cair as máscaras, os véus, os filmes passados repetidas vezes... e permitir o encontro com quem sempre ali esteve, à espera, de uma simples oportunidade, de Ser.
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sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Iniciação
Hoje se dá a iniciação de um novo capítulo na História da Humanidade.
Hoje se atravessa um novo portal, hoje se cria uma nova Terra.
Hoje se materializa uma nova energia, novos valores.
Hoje... tudo acontece, em nome de um caminho que é tanto individual quanto planetário.
A estrada é só uma e a jornada se inicia com apenas um passo.
Hoje é o tempo do Despertar.
Hoje é o tempo do Sentir.
Hoje é o tempo do Recordar quem se É.
Hoje é o tempo do Aceitar a própria Missão.
Hoje, o véu que separa os mundos é ténue.
Hoje se vislumbra a grandiosidade do que sempre ali esteve, tão perto.
Hoje, os que encontram em si a coragem avançam e contam ao mundo os sonhos que faltam sonhar, as alegrias que faltam sentir.
Hoje se acredita.
Porque é o acreditar que traz para junto dos pés, as estrelas que antes pareciam tão altas...
Publicada por Susana Belo à(s) sexta-feira, fevereiro 13, 2009 0 comentários
Paz
Paz no meu espírito, paz na minha alma.
Paz para com as decisões que tomei.
Sabedoria, humildade, amadurecimento.
Confiança de que nada de importante irá escapar do meu caminho.
Capacidade de manter os pés assentes na terra e o espírito elevado aos céus.
Que todas as portas se abram no momento oportuno.
Amor, serenidade, alegria, amizade, saúde, prosperidade.
Abundância, direcção, orientação, tolerância.
Saber que o universo sempre supre as minhas reais necessidades.
À Fonte de toda a Vida, Agradeço e Entrego...
Publicada por Susana Belo à(s) sexta-feira, fevereiro 13, 2009 1 comentários
Respeito
Respeito é amor-próprio.
É a consciência dos próprios limites.
É a aceitação incondicional do que conseguimos ser neste momento.
Só quando respeitamos quem somos, o nosso caminho, a nossa missão, é que conseguimos abrir as portas do nosso interior para brilhar e transbordar a nossa própria luz.
É nessa altura que nos tornamos, verdadeiramente, guerreiros da luz.
É nessa altura que conseguimos também respeitar os outros e reconhecê-los como partes de nós mesmos.
Salvé, a todos os seres que nos amparam nesta missão!
Publicada por Susana Belo à(s) sexta-feira, fevereiro 13, 2009 0 comentários
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Aprender
Aprender = caminhar, tentar, errar; caminhar, tentar, acertar; caminhar...
É arriscar dar um passo em frente, em direcção aos próprios sonhos. É saber que nunca é tarde para recomeçar, para entender o que realmente se quer e de que forma se quer aproveitar o tempo que ainda se tem na Terra.
É fazer uma mudança pequena, seguida de outra mudança, e mais outra... e ver a vida mudar gradualmente, AGORA.
Aprender é aceitar que errar faz parte da experiência humana, e que todos passamos por ela. É entender que a verdadeira "perfeição" pode ser apelidada de integridade, honestidade, verdade. Porque tudo o que é feito com uma intenção pura, é perfeito. São as condições perfeitas para que todos os envolvidos aprendam o que precisam de aprender.
É aceitar os erros do passado e deixá-los ir, libertar-se deles e das pessoas e situações envolvidas e deixar tudo tomar o seu lugar.
Aprender é deixar de tentar controlar os resultados e estar atento, simplesmente, ao que se sente e ao que se faz...
Publicada por Susana Belo à(s) quinta-feira, janeiro 22, 2009 3 comentários